O município de São Caetano do Sul encerrou o ano de 2024 com o maior rombo financeiro entre as sete cidades do ABC Paulista, segundo levantamento publicado no último sábado pelo jornal Diário do Grande ABC. O dado alarmante apontou um déficit de R$ 220 milhões, o que acendeu o alerta de parlamentares e especialistas sobre o desequilíbrio nas contas públicas da cidade.
O vereador Edison Parra (Podemos) se manifestou duramente sobre o caso, classificando o resultado como uma consequência direta da má gestão fiscal dos últimos anos e das reiteradas decisões de gasto público descontrolado.
“Faz tempo que venho alertando sobre a gastança desnecessária na Prefeitura. Agora, infelizmente, a realidade bateu à porta: São Caetano é, oficialmente, o município mais endividado do ABC”, disse.
São Caetano registrou déficit três vezes maior que o segundo pior município
Segundo os dados divulgados pelo jornal, o déficit de São Caetano é significativamente superior ao das demais cidades da região. A segunda colocada no ranking negativo foi Diadema, com R$ 69 milhões de déficit — ou seja, São Caetano gastou três vezes mais do que podia em comparação com o segundo pior resultado do ABC.
“Não se pode gastar mais do que se arrecada. Isso é o básico da administração pública. O resultado dessa irresponsabilidade são serviços públicos comprometidos, como já estamos vendo na saúde, com redução de atendimento e superlotação”, reforçou Parra.
Rombo fiscal afeta diretamente os moradores
Para o vereador, o desequilíbrio nas contas tem impacto direto na qualidade dos serviços prestados à população. Ele destaca que os problemas enfrentados atualmente nas áreas da saúde e da assistência social são reflexo da falta de planejamento e responsabilidade fiscal da gestão anterior.
“O maior prejudicado é o morador. As filas nas UBSs, o atendimento precário, a falta de estrutura nas unidades de saúde… tudo isso é consequência direta dessa condução irresponsável. Precisamos urgentemente corrigir essa rota”, alertou.
Parra reafirmou seu compromisso com a fiscalização das contas públicas e com a cobrança de soluções eficazes para restabelecer o equilíbrio financeiro do município.