A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o maior endividamento da história de São Caetano do Sul — estimado em pelo menos R$ 1 bilhão — recebeu da Prefeitura um extenso dossiê com documentos fiscais e contábeis referentes aos contratos firmados em 2024, último ano da gestão do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSD).
O material, composto por mais de 10 mil páginas, representa um avanço importante nos trabalhos da CPI e será analisado com rigor técnico sob a relatoria do vereador Edison Parra (Podemos). A documentação servirá como base para identificar possíveis irregularidades ou práticas administrativas que tenham contribuído para o desequilíbrio financeiro da cidade.
Parra destacou o compromisso da relatoria com a seriedade e a profundidade das investigações. “A entrega do primeiro lote de documentos é um passo importante para a CPI. Agora, vamos aprofundar as investigações e as análises contábeis e fiscais sobre a antiga gestão. É uma documentação volumosa, que vamos analisar com muito empenho e seriedade”, afirmou.
A CPI também iniciou discussões sobre a necessidade de suporte técnico especializado para auxiliar na análise da documentação, dada a complexidade e o volume dos dados recebidos. A possibilidade de contratação de uma consultoria externa está em avaliação.
Outro ponto confirmado é que o ex-prefeito Auricchio foi oficialmente notificado no dia 10 de julho, conforme exige o rito legal. A notificação garante o direito à ampla defesa e reforça a seriedade e o caráter técnico da investigação conduzida pela comissão.
Sob a relatoria de Parra, a CPI segue avançando com firmeza na missão de esclarecer os fatos que levaram São Caetano a um cenário financeiro crítico. A expectativa é de que os próximos passos tragam novas revelações sobre a condução dos recursos públicos no período investigado.